Alimentos ricos em antioxidantes ajudam no combate ao câncer de próstataPublicado em 27/11/2017 Nutróloga sugere para pacientes diagnosticados com a doença produtos à base de licopeno, selênio e vitamina C, que combatem os radicais livres e as células cancerígenasFui diagnosticado com câncer de próstata. E agora? Posso comer carne vermelha? E bebida alcoólica faz mal? Meu tumor vai crescer? E se eu tomar suco de folha de graviola? Disseram que o câncer desaparece. São inúmeras as perguntas e dúvidas que passam pela cabeça dos homens quando o tema é câncer de próstata e alimentação. E não é para menos. Segundo dados divulgados em outubro pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), surgem a cada ano 61.200 pacientes com câncer de próstata, o que corresponde a 28,6% de todos os casos de câncer em homens no Brasil. Diagnosticados, além de fazer o tratamento, que pode incluir sessões de radiologia e/ou quimioterapia ou ainda a cirurgia de retirada da próstata, os pacientes geralmente começam a conhecer melhor a doença e a se preocupar com o que consomem. (foto: Freeimage.com/Alaina Cherup) Segundo a médica nutróloga Gisele Werneck, formada pela Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), a pessoa com câncer já apresenta
deficiência de substâncias antioxidantes, responsáveis por proteger o
organismo de doenças. “Todo ser humano produz antioxidantes naturais.
Com o câncer, eles se oxidam. As células cancerígenas, que precisam ser
nutridas, passam a ‘roubar’ nutrientes do organismo. Por isso é que
quanto mais grave o câncer, mais a pessoa emagrece”, comenta. No caso do
câncer de próstata, isso não é diferente. Entre os alimentos que devem integrar a dieta de um paciente com câncer de próstata, a especialista destaca o tomate (sempre cozido com azeite), frutas vermelhas (goiaba, acerola, pitanga, morango e romã), o limão, vegetais verdes (couve), castanhas, grãos, frutas em geral e chá verde. Na lista de substâncias, ela cita o licopeno, o selênio e a vitamina C, todos com função antioxidante. RADICAIS LIVRES A nutróloga explica que uma alimentação adequada, à base de antioxidantes, neutraliza o poder dos radicais livres, protegendo o organismo contra a destruição das células. Os radicais livres, em excesso, podem danificar células sadias, oxidando-as. “Não estamos falando de cura do câncer, mas esses alimentos evitam que esse processo se acelere, tendo um efeito protetor”, explica. Por outro lado, alguns alimentos acabam por promover o estresse metabólico, aumentando a oxidação, que já ocorre em pacientes com câncer. É o caso do açúcar, ‘condenado’ pelos médicos e pesquisadores. “O açúcar estimula a inflamação do organismo”, comenta Gisele Werneck, que acrescenta aos doces as bebidas alcoólicas. Quanto à carne vermelha, a nutróloga explica que não há um estudo que a proíba nos casos de câncer de próstata, sendo recomendado apenas 400 gramas de carne vermelha por semana, quantidade indicada para todas as pessoas. Gisele não condena o suco de folhas de graviola. Rica em flavonoides, ela limita o crescimento das células cancerígenas, “mas os estudos ainda são incipientes por não abarcar uma grande quantidade de pessoas”. Dormir bem, fazer atividade física e ter uma alimentação correta continuam sendo a tríade para a prevenção contra os diversos cânceres. “Ter um estilo de vida saudável impacta a prevenção contra o câncer em até 70% dos casos”, finaliza a nutróloga. Paciente segue à risca prescrição médica Aos 81 anos, José Gonçalves da Silva Mendes é exemplo de determinação. Diagnosticado em julho deste ano com câncer de próstata, ele segue à risca a prescrição dos médicos e enfermeiras. Sem literalmente deixar a ‘peteca’ cair, já que ele não abandonou a peteca com os colegas - esporte que pratica três ou quatro vezes por semana - José Gonçalves faz radioterapia cinco vezes por semana. E cuida muito da alimentação. A salada tem sempre cinco ou seis cores, com muitas folhosas, e o tomate é cozido. Ele também evita frituras e bebidas alcoólicas, e não come carboidrato à noite. “Reduzi a quantidade de carne vermelha, de doces (açúcar) e tomo limão todos os dias.” Ele também lê vários textos sobre o tema e, mesmo que alguns alimentos ainda sejam apenas objeto de estudo de médicos e pesquisadores, ele toma suco feito das folhas da graviola, come muita salsinha e um medicamento homeopático quatro vezes ao dia. Dos vários efeitos colaterais típicos do tratamento, ele destaca fadiga, irritabilidade e enfraquecimento dos ossos, mas não desanima. “O mais importante é evitar a depressão, é encontrar motivações, metas e ocupações. E, claro, a família sempre está em primeiro lugar. O apoio e a assistência familiar são fundamentais nessa hora.” ASSINTOMÁTICO Pai de três filhos e avô de quatro netos, ele admite que “vacilou” com relação à saúde. “Fiquei dois anos sem fazer o PSA (sigla para Antígeno Prostático Específico)”, um dos exames utilizados para detectar a doença, além do toque retal. “No meu caso, foi assintomático. Não sentia nada”, diz. Com tratamento feito no Hospital Luxemburgo, unidade ligada à Fundação Mário Penna, que presta atendimento oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ele elogia o atendimento. “A equipe é extremamente atenciosa com todos os pacientes, o que é impressionante, porque só no meu horário tem cerca de 25 a 30 pessoas”, destaca. Das 37 sessões de radioterapia indicadas nesta primeira etapa, ele já venceu 22 e continua trabalhando e fazendo atividade física. “O segredo é enfrentar o câncer de frente e fazer o tratamento”, completa. O que fazer? Diferentes situações que podem ocorrer durante o tratamento de câncer Falta de apetite:
Enjoos e vômitos:
Diarreias:
Gripes e resfriados:
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Fonte: www.uai.com.br/app/noticia/saude
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